ABSTRACT: A ocupação do território, com assentamentos habitacionais precários, em áreas ambientalmente fragilizadas e afastadas dos centros urbanos, é fruto da vulnerabilidade socioeconômica, da população desfavorecida nas metrópoles brasileiras e latino-americanas. Nas últimas décadas, o desenvolvimento sustentável habitacional e urbano tem se fortalecido em diferentes setores das políticas públicas municipais e federais brasileiras, tomando como marco, as agendas internacionais do Habitat e a Agenda 21, do meio ambiente. O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV-1) de 2009 a 2011, teve na sua primeira fase a meta de construção de 1.000.000 de moradias e na segunda (2011-2015) o objetivo de alcançar mais 2.000.000 de unidades, com recursos federais para empreendimentos habitacionais de interesse social, no atendimento a famílias de baixa renda. Diante da dimensão quantitativa do programa e da avaliação qualitativa dos seus resultados; o órgão financiador, a Caixa Econômica Federal, lançou o Selo Casa Azul, de avaliação da qualidade socioambiental, procurando incentivar boas práticas na implantação de empreendimentos habitacionais; ainda que facultativas. A aplicação da certificação; o Selo Azul, no Conjunto Habitacional Zorilda, construído em auto-gestão com mutirão, para famílias com renda até R$ 1.600,00, irá mostrar a importância das práticas sustentáveis na arquitetura e no planejamento urbano, buscando qualidade socioambiental.
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