RESUMO: Atualmente, 3,9 bilhões de pessoas vivem em áreas urbanas. As cidades, no processo de urbanização, experimentam crescimento demográfico, deterioração dos recursos naturais, produção de resíduos urbanos, consumo excessivo de energia, poluição, problemas com mobilidade e acessibilidade . Estas questões dificultam uma gestão sustentável do território. Muitas das cidades com rápido crescimento no mundo são, relativamente, pequenos estabelecimentos urbanos. Nas últimas décadas, algumas iniciativas têm sido implementadas para melhorar o ambiente urbano. Dentre elas, incluem se os movimentos “Smart Growth” e “Novo Urbanismo”, estes atentam a forma urbana, o uso do solo e o transporte, se sedimentam em espaços acessíveis a pé e em parâmetros associados a compacidade, densidade e diversidade. Este artigo objetiva analisar, a partir de dados secundários, como as intervenções urbanas sustentáveis tem seus impactos subsidiados por estratégias e princípios, que tem relação de causa e efeito com dinâmica social, entre outros aspectos. Para tanto, a pesquisa, com base em seu objetivo, é explicativa, adotando levantamento bibliográfico e estudo de caso. Serão analisados, por revisão bibliográfica, os projetos aplicados na Cidade Pedra Branca (Palhoça/SC – Brasil) e Dholera (Guajarat – Índia) para composição de um diagrama de causa e efeito relacionando princípios e estratégias inerentes a sustentabilidade urbana em países em desenvolvimento, e sua relação com indicadores e critérios. O estudo revela que estas iniciativas otimizam a infraestrutura local, mas não alteram significativamente a dinâmica social dos habitantes de menor renda. E que abordagens sistêmicas e multicriteriais podem fornecer elementos que melhor se moldam às realidades locais.
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