Dificuldades na implementação do design builder no mercado brasileiro

Álvaro José Bremenkamp

Larissa Letícia Andara Ramos

Luciana Aparecida Netto de Jesus

Pedro Henrique Ribeiro Cortez

ABSTRACT: Os edifícios são grandes consumidores de energia, representando cerca de 40% do consumo no Brasil. Esta realidade deve-se frequentemente à má concepção projetual, que ignora sistemas e equipamentos que trazem economia de energia e o correto dimensionamento das cargas térmicas. Quando analisados usos comercial e serviço, com 15,4% e 8.0% respectivamente, a iluminação e o condicionamento de ar são os grandes responsáveis por esse consumo. A simulação computacional no processo de projeto vem contribuir e facilitar o entendimento do desempenho térmico, acústico e lumínico prevendo possíveis problemas que só seriam percebidos durante a utilização e ocupação da edificação. Neste contexto, a aplicação de softwares que analisam características de conforto ambiental para a arquitetura e urbanismo é de grande valia pois possibilita maior eficiência energética e redução dos custos operacionais nos edifícios. O programa Design Builder, lançado no ano 2000 e amplamente usado no exterior, vem suprir uma lacuna existente entre os programas já difundidos no mercado, como Energy Plus, conciliando uma interface de modelagem amigável com grande capacidade de análises em diversos panoramas. Sendo assim, pretende-se neste trabalho apresentar dificuldades na disseminação do Design Builder no mercado brasileiro, assim como a resistência em adotálo. A metodologia utilizada consiste na pesquisa bibliográfica documental e na busca de manuais sobre aplicativos de simulação, com foco no Design Builder. Os resultados obtidos evidenciam que vocabulário com uso de inglês instrumental especifico da área, a falta de cursos de capacitação, a não-regionalização da biblioteca de materiais, assim como outros fatores, são os principais obstáculos para seu uso, no mercado brasileiro.

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