RESUMO: No Brasil apesar da emissão de gases de efeito estufa estar abaixo dos índices mundiais, o setor da construção civil apresenta padrões de emissão semelhantes a de países desenvolvidos. Neste sentido é importante o desenvolvimento de instrumentos de aferição destes impactos associados às edificações. Este artigo atualiza dados da emissão de dióxido de carbono embutido em materiais de construção e na matriz de geração de eletricidade brasileira, visando desenvolver uma ferramenta para o cálculo do CO2 embutido em edificações. O método consiste em organizar planilhas que discriminam os insumos energéticos dos principais materiais de construção utilizados no Brasil a partir de levantamentos de dados primários no processo de fabricação. Os dados são levantados do Balanço Energético Nacional e em relatórios de ministérios e de federações de indústrias. As emissões de Carbono por uso de fontes combustíveis são adaptadas do IPCC 2006, atualizando a pesquisa de 1996. Ao final é proposta uma ferramenta que permite estimar, a partir do cálculo prévio da energia embutida, as emissões de dióxido de carbono na fase pré-operacional do ciclo de vida de uma edificação, no que tange ao uso de materiais de construção e energia elétrica. A partir dos novos índices encontrados neste trabalho procedeu-se uma atualização de uma pesquisa de 2008 que calculava o CO2 embutido em uma edificação residencial típica brasileira. Os novos índices são superiores aos de 2008 principalmente pelo aumento da participação de combustíveis fósseis na matriz de geração termoelétrica brasileira e pela revisão de alguns processos produtivos dos materiais investigados.
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