Ventilação natural em escritório no Rio de Janeiro-RJ: Análise e propostas para o edifício Barão de Ladário

Marco Antonio Lacerda

Leopoldo Eurico Gonçalves Bastos

RESUMO: Os edifícios de escritórios têm um peso significativo no parque edificado das grandes cidades. No centro da cidade do Rio de Janeiro-RJ, a procura desses prédios, principalmente por grandes corporações, aliada a escassez de terrenos, tem motivado iniciativas ligadas a reabilitação de alguns prédios para atender essa demanda. Habitualmente, as soluções arquitetônicas assumidas são inadequadas para o contexto de clima tropical-úmido da cidade. Estratégias bioclimáticas como a ventilação natural para fins de conforto higrotérmico dos usuários, não constam nos programas de necessidades. Contudo, o condicionamento artificial do ar está sempre presente, apesar de ser potencialmente uma fonte poluidora do ar. Entretanto, é desafiante o uso da ventilação natural nestes prédios de escritórios situados em contexto urbano denso, devido à influência da canópia urbana no regime dos ventos, como também o ar que flui no ambiente interior é influenciado pela configuração do layout; ganhos térmicos devido aos equipamentos; a taxa de ocupação; o metabolismo dos usuários e a resistência térmica de suas vestimentas.
O presente artigo centra-se no estudo e análise das condições de ventilação natural em um andar de um prédio de escritórios no centro da cidade do Rio de Janeiro e frontal à baia de Guanabara. Através de simulação CFD, foram examinados para uma maquete virtual do prédio, o caso existente e outras situações com possíveis implementações em termos de layout e fenestrações. Os resultados demonstraram que as propostas de intervenção no escritório relativas ao layout, altura de painéis e tipologia de janelas acarretam melhoria nas condições de conforto, devido a melhor distribuição dos fluxos de ar e um incremento da velocidade em algumas zonas do ambiente.

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